Destinos

Vamos falar de suicídio.

O suicídio é muitas vezes disfarçado e escondido pela família. É visto como uma vergonha. A família se sente impotente e culpada da situação. Como se eles poderiam ter feito algo diferente para mudar o resultado. Infelizmente, na maioria das vezes, quando alguém decide cometer suicídio, isso acontece. 

Respeitar o destino um do outro no sistema familiar é muito importante. Há essa bela afirmação: “Eu confio em você. Eu confio no seu destino. Concordo que você pode praticar o que quiser”. 

Todos temos nosso próprio destino e, portanto, temos a opção de fazer o que quisermos com ele. Mesmo que inclua vícios, suicídio ou escolhas prejudiciais. É difícil ver alguém sofrendo, especialmente quando nos preocupamos profundamente com essa pessoa, mas, além de dizer a ela que estamos aqui por ela, não há nada pelo que possamos ser responsáveis. 

Definitivamente, podemos ter mais compaixão do que pena ou simpatia que, na maioria das vezes, esconde um julgamento por trás disso. O julgamento é cruel, sempre implica que alguém está se saindo melhor que o outro. O que é falso. Estamos apenas vivendo duas experiências diferentes e minha experiência não é melhor ou pior que a sua, é apenas diferente. 

Então, o que fazer quando temos que enfrentar o inaceitável? Quando só queremos gritar e chorar? Quando ficamos sem pistas do que aconteceu? Quando nos sentimos impotentes? 

Nada de mais. Vai doer, mas deve passar. E a vida sempre vence. 

Nas Constelações Familiares, reconhecemos, reconhecemos, lamentamos e nos rendemos. 

Não estamos aqui para viver a vida inacabada de outra pessoa. Não estamos aqui para curar as feridas de outras pessoas. Não estamos aqui para estar divididos entre o que era e o que nos esperava. 

O único caminho certo é seguir em frente. Olhando para o seu destino e cuidando dele. 

Honrando sua vida, você honrará os outros.

Patrícia Costa