Eu recebo diariamente várias perguntas de pais que não estão sabendo lidar com seus filhos crianças e adolescentes. Por isso resolvi expandir um pouco esse tema.
Os pais muitas vezes se concentram em uma criança que está agindo mal e tentam obter ajuda para a criança, embora não estejam cientes de seus próprios pontos cegos que podem estar contribuindo para o comportamento de seu filho. Quando olhamos para a paternidade ou para o bem-estar ou comportamento de uma criança, a modalidade das Constelações Familiares olha para a questão presente, com o bem-estar da criança como o foco principal.
O que é melhor para essa criança?
A criança nasceu no sistema familiar. Isso envolve entrar na dinâmica de cada pai e nos sistemas familiares mais amplos. É da natureza das crianças serem altamente vulneráveis em sua inocência e sua necessidade aberta de amor e conexão que é essencial para sobreviver. Nisso, eles são como uma esponja ao absorver os sentimentos, perturbações e conflitos dentro do sistema, bem como o amor e a conexão de que precisam.
O processo de Constelações Familiares pressupõe que as crianças atuam a partir da dinâmica em que se encontram: o sistema familiar.
Temos uma escolha; podemos, como muitos terapeutas fazem, procurar ajudar a criança diretamente, como se ela fosse principalmente uma entidade individual. No entanto, nesta forma de trabalhar, a criança retorna à dinâmica do sistema familiar após tais intervenções, onde suas novas aprendizagens, comunicação e comportamento provavelmente não serão apoiados na confusão da dinâmica desmarcada que corre na família.
Uma criança quando olha para um excluído, traz dificuldades de aprendizado, concentração, doenças, e muitas vezes tem dificuldades em se aproximar dos pais. A criança faz isso por amor ao sistema. Por amor aos pais, uma criança é capaz de morrer.
Do ponto de vista da Constelação, é muito mais produtivo trabalhar com os pais para ajudá-los a resolver seus próprios problemas com seu próprio sistema familiar, para que possam permanecer com mais clareza e confiança como pais. Trabalhar com os pais para ajudá-los a encontrar mais conexão e um terreno comum dentro de seu relacionamento a partir do qual administrar a família dentro de uma estrutura saudável, limites, versatilidade apropriada, compaixão e amor é muito mais produtivo e saudável para o interesse da criança.
A vida te chama!
Patrícia Costa