Não sou uma grande fã de dicotomias. Quando se trata de preto e branco, eu sou todos os tons de cinza, talvez com um pouco de azul e sou feliz assim. Flexibilidade. Ela me permite crescer. Permite-me o benefício da perspectiva. Permite-me a liberdade de ser eu sem ter que encaixar-me em categorias arbitrárias.
Eu não sou uma coisa definitiva, mas sim, uma amplitude, e os diferentes tipos de amigos que tenho refletem isso.
Dito isto, deixe-me ir em frente e contradizer tudo que eu disse até agora. Na vida, existe uma dicotomia:
AQUILO QUE VOCÊ QUER FAZER
X
AQUILO QUE VOCÊ NÃO QUER FAZER
Quando se chega a este dilema, a certeza aparece sob a forma de dúvidas. Incertezas. Inseguranças. O amaldiçoado o que/qual. Vamos ser real por um segundo, se você é honesto o suficiente com você, identificando o que você quer, não será uma tarefa tão difícil. Essa não é a verdadeira questão. O que é difícil, no entanto, não vem para determinar o que você quer, mas sim, para determinar o que você mais quer. É quando uma coisa que você deseja conflita com outra coisa que você deseja. É uma simples questão de logística.
É nesse ponto que as prioridades entram em jogo. Eu não me irrito com prioridades e vou delinear como eu priorizo meus desejos, particularmente quando se trata de grandes decisões, de mudança de vida.
Então, digamos que você tem uma longa lista de coisas que você quer fazer, que é onde vamos concentrar a nossa atenção. Esqueça aquilo que você não quer fazer – se você não quiser fazê-lo.
Quando você assumir uma posição forte sobre isso, talvez você receba críticas daqueles que são firmemente inflexíveis sobre honrar obrigações e coisas desse tipo, mas para mim, a maioria das obrigações são na verdade uma forma manipuladora de te colocar uma culpa, que vai te deixar confuso e atrapalhar suas conquistas. Eu prefiro pensar no impacto que a minha ação terá, ao invés de agir meramente porque alguns acham que eu deveria fazer isso ou aquilo.
Voltamos para a sua longa lista de desejos. Você tem algum em mente? Hummm, sentir-se empoderada? Fazer um milhão de dólares? Viajar o mundo? Aprender uma nova língua? Perder 20 kilos? Economizar dinheiro suficiente para comprar um carro novo? Se aposentar mais cedo? Formar-se em medicina? Ter uma família? Tornar um hacker internacional?
Independentemente de quais sejam os seus desejos, analise cada um e tente colocá-los em uma das seguintes categorias:
I. Coisas que você quer fazer, porque você realmente deseja. (Por exemplo, você faria isso por puro prazer.)
II. Coisas que você quer fazer, para ganhar uma recompensa. (Por exemplo, você faria por dinheiro.)
III. Coisas que você quer fazer, a fim de evitar um conflito interno. (Por exemplo, você faria para não sentir-se culpado mais tarde.)
IV. Coisas que você quer fazer, a fim de evitar um conflito externo. (Por exemplo, você faria para evitar uma discussão com seus pais/marido/companheira/filhos.)
Se você ainda não fez, pegue um lápis e um caderno de anotações e faça agora. Já fez? Boa. Agora vamos para a grande, gigante, fórmula ultrassecreta de priorizá-los.
Rabisque tudo, exceto para a primeira categoria, e faça já essas suas prioridades malditas. Isso é uma ordem. Você está começando uma vida nova – não é para voltar atrás – portanto é melhor gostar. Se não for para gostar, para que o esforço?
Se, no entanto, você está procurando uma razão mais científica sobre o porquê você deve dar mais atenção à primeira categoria, é porque ela trata dos verdadeiros desejos e desejos advém de uma motivação intrínseca, o resto são questões vindas de motivações extrínsecas, ou seja, fora de você. A motivação intrínseca vem de recompensas que são inerentes à atividade. A motivação extrínseca vem de recompensas de fontes externas. Pode ser tentador considerar a terceira categoria (coisas que você quer fazer para evitar conflitos internos) um motivador intrínseco, mas, essencialmente, uma vez que a maioria dos sentimentos como culpa são baseados em construções sociais (a sociedade define porque você deve se sentir culpada), então isso é realmente um fator extrínseco.
Então, qual é a grande diferença entre a motivação intrínseca em relação à extrínseca? Bem, pesquisas mostram que ao longo do tempo, os motivadores extrínsecos minam os intrínsecos. Portanto, quanto mais você depende de fatores extrínsecos para a motivação, cada vez menos você valoriza aquilo que realmente te dá prazer. E quanto menos você valoriza aquilo que te dá prazer, mais distante você fica de realizar. E quanto menos você realiza, menos prazer você terá. Agora eu te pergunto:
Você tem algum prazer nessa vida?
Você não quer que a sua vida se torne uma série de acontecimentos insignificantes, inúteis, com referências definidas arbitrariamente, e sem nada do que realmente te inspira ou o faz estremecer por dentro. Assim, embora seja fácil o suficiente dizer: “Vá fazer o que você deseja”, é crucial avaliar os propósitos por trás de suas escolhas, a fim de melhor determinar
O QUE VOCÊ REALMENTE QUER
X
O QUE VOCÊ ESTÁ OBRIGANDO-SE A QUERER.
A diferença é sutil mas, de fato, determinante para a sua saúde e felicidade.
Quando tiver certeza do que quer, certamente aparecerá algum (ou inúmeros) parasitas tentando te convencer que é absurdo, que não vai dar certo, que você é louca, que você é sonhadora. Então é a hora que você colocar em prática o Guia Pat para Lidar com Parasitas de Sonhos, que eu explico direitinho aqui.
Agora eu quero saber…
Me conte um desejo seu da primeira categoria.
Escreva um comentário abaixo e deixe-me saber.
Compartilhe o máximo de detalhes possível, porque a sua história pode dar a alguém exatamente o que precisa para viver mais plenamente.
Com amor,
Pat